Discussão 1 – Mesa I

Nome da Instituição: Universidade Metodista de São Paulo
Apresentação: Elizabete Cristina Costa-Renders
Tema em discussão: Acessibilidade nas Universidades: processos de construção do espaço educacional
Título da apresentação: Universidade Metodista – Imagens e vivências em educação inclusiva
Mini curriculum: Doutoranda em Educação pela UNICAMP, é Assessora Pedagógica para Inclusão na Universidade Metodista (SP), onde atua como docente na Faculdade de Humanidades e Direito, com os temas: Educação Inclusiva, LIBRAS, Problemas Pedagógicos Contemporâneos. Publicou vários artigos na área de educação inclusiva.

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Está em questão os processos de construção do espaço educacional inclusivo, destacando-se o indicador acessibilidade nos seus diversos eixos (físico, comunicacional e atitudinal). Considera a perspectiva do grupo social das pessoas com deficiência (física e sensorial), bem como apresenta as ações em desenvolvimento que visam à garantia das condições de acesso e permanência na Universidade Metodista de São Paulo – tanto na modalidade presencial quanto na EAD.

Entende-se que a dinâmica da educação inclusiva é, pedagogicamente, relevante, uma vez que exige o “aprender” continuamente, por caminhos ora não considerados, dentre os quais destacam-se: Biblioteca Digital para Pessoas Cegas; Programa de Difusão de LIBRAS; Fórum de Inclusão; Projeto VIDA; Programa de Inclusão Pedagógica; Núcleo Comum às Licenciaturas: Educação, Inclusão e LIBRAS; Educação Inclusiva na EAD; Minuto da Inclusão; Tradução e Interpretação em LIBRAS na sala de aula; Programa de Empregabilidade da Pessoa com Deficiência. Objetiva-se dar visibilidade às imagens que marcam o cotidiano desta comunidade educacional que pretende eliminar as barreiras historicamente impostas às pessoas com deficiência no ensino superior.

Enfim, trata-se da divisão de responsabilidades na gestão da acessibilidade e do conseqüente e comunitário aprendizado com a diversidade de aprendizes no ensino superior.

Discussão 2 – Mesa I

Nome da Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Apresentação: Marcilene Magalhães Silva Rosa ¹

Marina Knaip Delôgo ²

Adilson Pereira dos Santos ³

Tema em discussão: A escolha do curso superior pelo aluno com deficiência
Título da apresentação: Implantando a Educação Inclusiva na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Mini curriculum:

1 Pedagoga, especialista em Filosofia, técnica em Assuntos Educacionais da Pró-Reitoria de Graduação, membro do Núcleo de Apoio Pedagógico e do Núcleo de Educação Inclusiva da UFOP, docente no Centro de Educação Aberta do Brasil.

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² Psicóloga, especialista em “Saúde Mental: Família e Comunidade”, técnica da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis, membro do Núcleo de Educação Inclusiva da UFOP, docente no Centro de Educação Aberta do Brasil.

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³ Pedagogo, especialista em Avaliação a Distância, mestrando do Programa de Pó-Graduação em Educação, Comunicação e Cultura, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ, Pró-Reitor Adjunto de Graduação da UFOP, coordenador do Núcleo de Educação Inclusiva da UFOP (NEI), docente no Centro de Educação Aberta do Brasil.

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Desde meados da década de 90, a UFOP vem recebendo a demanda de pessoas com necessidades educacionais especiais por escolarização em nível superior. Essa demanda voltava-se para a garantia de condições operacionais para participação nos vestibulares. Hoje, trata-se de uma política institucional de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais.

A UFOP se deparou com a necessidade concreta de atuar na perspectiva de superação das barreiras arquitetônicas, pedagógicas, atitudinais e de comunicação, visando a plena promoção da inclusão. Dos anos noventa até o presente, a universidade vem se esforçando no sentido de afirmar sua posição de instituição inclusiva. Em 2005, foi criado pelos Conselhos Universitário (CUNI) e de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), o Núcleo de Educação Inclusiva (NEI), que constitui-se órgão da PROGRAD, e é coordenado por distintos setores da UFOP, dada a dimensão transversal dos desafios da inclusão.

A atuação deste Núcleo tem sido as seguintes: i) atendimento nos processos seletivos para a graduação; ii) acompanhamento psico-pedagógico e social ao aluno da graduação e da pós-graduação; iii) produção de material em braille e em áudio; iv) convênio de integração do graduando em postos de trabalho, sob forma de estágios; v) implantação da sala de acessibilidade digital; vi) divulgação dos serviços e recursos educacionais existentes. Este trabalho representa uma análise reflexiva da política de inclusão da pessoa com necessidades educacionais especiais na UFOP.

Discussão 3 – Mesa I

Nome da Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Apresentação:

Maria do Carmo Menicucci ¹

Tema em discussão: Desafios e possibilidades da inclusão na PUC Minas
Título da apresentação: A inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais na PUC Minas: um compromisso institucional
Mini curriculum:

¹ Mestre em Educação pela Vanderbilt Univesity Peabody College for Teachers (1977). Atualmente é professor assistente III da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial Inclusiva. Na PUC Minas coordena o Núcleo de Apoio à Inclusão aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais, o Curso de Tecnologia em Comunicação Assistiva.  Além de coordenadora é também é professora dos cursos dos Cursos de Atualização e Especialização em Educação Especial Inclusiva da PUC Virtual.

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O NAI é o setor responsável pelo suporte especializado ao aluno com necessidades educacionais especiais associadas à deficiencia, sendo que tal suporte tem início no vestibular e é assegurado durante todo o seu percurso acadêmico na PUC Minas. Esse apoio inclui atendimento às suas dificuldades de natureza didático-pedagógica ou de acessibilidade, de forma a garantir a inclusão em todos os espaços acadêmicos da universidade.

O NAI cumpre a sua missão através de permanente articulação com os cursos e alguns setores da Universidade, buscando disponibilizar os seguintes recursos especializados: transcrição tinta/Braile/tinta, ledores e copistas, textos digitalizados e gravados, intérpretes de LIBRAS, apoio psico-pedagógico, orientação aos professores e funcionários da Universidade, sempre que solicitado.

A equipe do NAI é constituída por 4 professoras especializadas em educação especial, responsáveis pela coordenação geral e pelas coordenações das áreas de deficiência auditiva, visual e locomotora.

Esta equipe técnica conta com o apoio de 11 funcionários administrativos, dentre eles, 4  surdos, 2  cegos, 1 com baixa visão, 1 com deficiência física, 1 secretária, 1 mensageiro, 34 intérpretes de LIBRAS e 4 estagiários.

O quadro abaixo apresenta a série histórica dos alunos atendidos pelo NAI no período de 2005 a 2009.

Período Auditiva Física Visual Total
2004 12 42 27 81
1 sem 2005 26 46 33 105
2 sem 2005 25 47 44 116
1 sem 2006 29 52 51 132
2 sem 2006 36 53 59 148
1 sem 2007 40 61 58 158
2 sem 2007 40 61 59 160
1 Sem 2008 38 61 55 154
2 Sem 2008 42 76 50 168
1 Sem 2009 36 82 52 170

As conquistas são muitas e são significativas. No entanto, grandes ainda são os desafios que a educação superior precisa enfrentar, para que as IES possam, de fato, não apenas cumprir a lei, mas se orgulhar de serem espaços acadêmicos inclusivos.

Nossa experiência com a inclusão de alunos com NEE, a qual levou a PUC Minas à representação de instituição modelo nesse âmbito, permite-nos apontar alguns dos desafios em questão. São eles: superar preconceitos referentes à mítica dualidade deficiência x academia; romper barreiras: atitudinais, arquitetônicas, comunicacionais e curriculares; investir em pesquisas sobre ajudas técnicas ao processo ensino-aprendizagem; formar professores para a educação básica com conhecimentos sobre a diversidade.