Discussão 1 – Mesa V

Nome da Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Apresentador(es): Terezinha Cristina da Costa  Rocha
Tema em discussão: Recursos Metodológicos e Didáticos na Educação Inclusiva e Tecnologias Assistivas disponíveis
Título da apresentação: Acessibilidade no Ensino Superior: Dicionário Temático da LIBRAS – Filosofia
Mini-curriculum: Atua na área de Educação Inclusiva na PUC Minas junto ao Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), prestando apoio didático pedagógico para alunos com necessidades educacionais especiais ligadas a surdez e também apoio a alunos com limitações locomotoras e cegueira. Presentemente também atuando em pesquisa científica na área de Educação Especial e Lingüística. É graduada em Filosofia pela PUC Minas, onde também cursa graduação em Fisioterapia. Apresenta experiência nas áreas de Educação Inclusiva, Educação Especial, LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), Filosofia, Fisioterapia e Neurociência.

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A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como Língua em 2002, pela Lei nº. 10.436, e regulamentada em 2005, objetivando a inclusão do surdo. Contudo, a Língua de Sinas apresentava lacunas em se tratando de sinais para o vocabulário do âmbito filosófico. A disciplina Filosofia é oferecida nos cursos de graduação da maioria das Universidades do Brasil, sendo ela base para o conhecimento e formação do sujeito crítico, culto e de opinião. Em julho de 2006 foi aprovada a resolução que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que obriga o ensino da disciplina Filosofia em todas as escolas de ensino médio em nosso país, e esta lei passa a ter vigência a partir de 2008. Com a preocupação dessa demanda lingüística para o ensino médio e o conhecimento de vocabulário que a Universidade exige, foi levantada a indagação sobre a questão da inexistência de pesquisas que pudessem desvelar este déficit lingüístico. Em uma perspectiva ampla, esta pesquisa objetivou criar e oficializar os sinais da LIBRAS na área de Filosofia, para contribuir com a melhoria da interpretação e tradução para que os alunos surdos possam compreender a disciplina de forma plena, sem barreiras lingüísticas, através da criação e pesquisa de sinais de acordo com as normas gramaticais da língua, em grupo de estudos com os estudantes surdos da PUC Minas, para que fosse feito o ‘Dicionário Temático da Língua Brasileira de Sinais – Filosofia’ digital em CD-ROM. Esta pesquisa foi feita para que o material resultante seja disponibilizado aos usuários da língua, a fim de tornar-se um fator de acessibilidade como possibilidade de consulta e pesquisa para estudantes surdos, deficientes auditivos, professores em formação e profissionais da área, em nível de ensino médio e superior, a nível nacional.

Discussão 2 – Mesa V

Nome da Instituição: Universidade FUMEC – Fundação Mineira de Educação e Cultura
Apresentador(es): Valéria Barbosa de Resende
Tema em discussão: Universidade Inclusiva: avaliação e respeito à especificidade dos aprendizes
Título da apresentação: Alunos com deficiência na universidade: dificuldades, avanços e desafios
Mini-curriculum: Coordenadora e professora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade FUMEC. Mestre em Educação e doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão social – Faculdade de Educação da UFMG. Linha de pesquisa: Educação e Linguagem.  Coordenadora do projeto de pesquisa: “A inclusão da pessoa com deficiência no ensino superior”, do Programa de Pesquisa e Iniciação Científica (ProPIC) da Universidade FUMEC. Também participaram da pesquisa como bolsistas da FUNADESP as alunas do Curso de Pedagogia Carolina Faria Bahia de Oliveira e Luiza Helena Abreu Pereira.

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Estão em questão os resultados de uma pesquisa realizada em 2008, em uma instituição particular de ensino superior de Belo Horizonte, cuja intenção foi verificar se os alunos com deficiência se sentiam (ou não) inseridos na vida acadêmica, bem como apontar as dificuldades e potencialidades apresentadas por eles. Foram realizadas entrevistas com 9 coordenadores de cursos e 2 professores, sendo que seis alunos com deficiência participaram do grupo focal. Considerando a natureza polêmica do tema, justifica-se o uso da técnica do grupo focal, que trabalha com a “fala em debate”, e é considerado focalizado porque questões são debatidas coletivamente. Os grupos foram organizados a partir da disposição e da familiaridade entre os sujeitos. O primeiro grupo foi formado por três alunos surdos e um com deficiência auditiva, também participou desse grupo a fonoaudióloga que acompanhava os alunos em seus cursos. O segundo grupo foi formado por dois alunos, uma com Paralisia Cerebral e o outro com lesão cerebral. A pesquisa revelou que estavam matriculados, em 2008, 20 alunos com deficiência (surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, lesão cerebral, paralisia cerebral, deficiência múltipla e deficiência física). Desses, 9 eram surdos ou deficientes auditivos e quatro participaram do grupo focal, evidenciando a importância do debate sobre a inclusão da pessoa surda na instituição de ensino superior e suas formas de comunicação. Também ficou evidenciado na pesquisa um sentimento contraditório de inclusão/exclusão, como também a pequena inserção dos alunos com deficiência na pesquisa, resultado de uma imagem negativa ainda construída por eles.

Discussão 3 – Mesa V

Nome da Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Apresentador(es): Denise Queiroz Novaes
Tema em discussão: Universidade Inclusiva: avaliação e respeito à especificidade dos aprendizes
Título da apresentação: A produção de textos dos alunos surdos na Universidade: orientação e avaliação.
Mini-curriculum: Professor Assistente III na PUC Minas, Titular das disciplinas de Língua Portuguesa I e IV do Curso de Tecnologia em Comunicação Assistiva: Libras e Braille; de Oficinas de texto nos cursos de Letras, Ed. Física, Nutrição e Enfermagem; e de Metodologia na Pedagogia e nas Ciências Contábeis EAD/Pucminas Virtual. Doutoranda em Lingüística, Mestre em Língua Portuguesa, Especialista em Alfabetização e Interdisciplinaridade. Graduada em Letras. Membro do Conselho Superior Universitário da PUC Mnas/CONSUNI.

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Relato sobre a minha convivência acadêmica com alunos surdos desde 2004. Integração e participação dos alunos surdos nas aulas. Algumas reflexões sobre a postura do professor na mediação dessa interação. Particularidades referentes ao tipo de disciplina relacionada à recepção e produção de textos. Princípios de correção dos textos e estratégias para orientação e correção da produção. Respeito às possibilidades individuais, relativas aos diferentes percursos do aluno surdo até seu ingresso na universidade e àquelas inerentes à própria estruturação sintática da LIBRAS.